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Atualizado em 29 DE abril DE 2015 ás 16:57

Feira Agroecológica da Reforma Agrária

Os produtos vendidos variavam de bolos e doces até eco bags. A próxima edição acontece no dia 13 de maio, no Campus Ondina, da Universidade Federal da Bahia

ALESSANDRA OLIVEIRA*
alessandraso.jornalismo@gmail.com

Durante todo o dia da última quarta-feira (29) foi realizada a sexta edição da Feira Agroecológica da Reforma Agrária de 2015, em frente a Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba). O evento foi uma iniciativa do Núcleo de Estudos e Práticas em Políticas Agrárias (NEPPA) que apoia a agricultura familiar e o consumo de alimentos agroecológicos. Dentre os produtos vendidos, estão alimentos e farinhas variados, mudas e eco bags.

Foto de divulgação

Celso Leite, agricultor e integrante MST, afirmou que pelo menos 15 famílias são beneficiadas com a Feira, através da venda dos produtos produzidos por elas. A produção exposta são vindas das áreas de atuação do NEPPA. Ainda segundo Leite, o dinheiro arrecadado é investido em sementes e equipamentos para novos plantios.

Sempre às quartas-feiras, a feira possui frequência quinzenal e geralmente se instala no campus Ondina da Ufba, em frente a faculdade de Biologia. Nesse mês, considerado o “abril vermelho” pelos movimentos nacionais em favor da Reforma Agrária, o evento foi realizado semanalmente. Em maio, a feira voltará a ocorrer duas vezes ao mês, com a primeira edição marcada para o dia 13.

Segundo os organizadores, o evento vem se fortalecendo e o fluxo de pessoas chega a 300 ao dia, sendo a maioria do público formada por mulheres jovens. “O papel da Feira, além da venda, é de diálogo com os passantes”, conta o organizador Társio Lopes,  estudante de Engenharia Sanitária Ambiental da UFBA.

“Eu venho para valorizar o produtor rural, até porque a maioria dos alimentos que consumimos nos mercados vem deles”. Talita Bebulhan, 23, estudante de mobilidade da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é cliente assídua. Além da causa social, a estudante aprova a qualidade dos alimentos. “Sempre compro goma de beiju, tem um gosto acentuado da mandioca que não encontro em outros lugares”.

Outros compradores souberam do evento pelas redes sociais e se encantaram com a causa. A estudante de medicina veterinária da UNIFACS, Débora Caldas, veio conhecer a feira: “Sou vegetariana e quando vi o evento no facebook, me interessei pela proposta contra o uso de agrotóxicos. Pretendo vir mais vezes e fazer minha própria horta com as mudas da feiras”.

Nascimento da Feira

O NEPPA, criado há sete anos, é formado por estudantes e profissionais que trabalham com a causa da reforma agrária e da agricultura familiar em assentamentos baianos. A Feira, voltada apenas para alimentos agroecológicos, nasceu como uma experiência para suprir a falta de escoamento da produção, que sofria com problemas de acesso e transporte.

“A agroecologia se diferencia da produção orgânica porque sua preocupação vai além da produção de alimentos isentos de agrotóxicos, existe um contexto político. Grandes monoculturas orgânicas reproduzem a exploração da classe trabalhadora”, explica a bolsista do NEPPA, Fernanda Marques, estudante de Ciências Sociais da Ufba.

*Graduanda do curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, na Universidade Federal da Bahia, e bolsista da Agência de Notícias em C,T&I-Ciência e Cultura

Um comentário a Feira Agroecológica da Reforma Agrária

  1. Monica Leite disse:

    Parabéns Pela iniciativa. Parabéns ao MST.
    Gostaria de receber informação sobre essa feira em Salvador, se continua funcionando.

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