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Atualizado em 13 DE junho DE 2019 ás 14:54

Discentes do Pós-Cultura promovem 3° Seminário Interno

Um dos pioneiros nos estudos das políticas públicas no Brasil e de outros aspectos relacionados ao campo da cultura e da sociedade em sua relação com o desenvolvimento, artes e identidades, o pós-cultura realiza a 3º edição do seu Seminário Interno

POR THAINARA OLIVEIRA*
thzinara@gmail.com

O 3º Seminário Interno de Pesquisa do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (Pós-Cultura/UFBA), promovido pelos discentes, iniciou no último dia 06/06 (quinta-feira) no campus de Ondina, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), com mostras de artes visuais, audiovisuais, musical e roda de conversa. A mesa de abertura “A Interdisciplinaridade na Prática”, com mediação do coordenador do Pós-Cultura, José Roberto Severino, contou com a participação do professor Nelson Pretto (FACED/UFBA), da pesquisadora Vilma Reis, da doutoranda do Programa e membra do Terreiro Bate Folha, Carla Nogueira e do Dj Branco (Casa do Hip Hop).

O primeiro dia de apresentações dos grupos de trabalho (GT) ocorreu no PAF III, onde os mestrandos e doutorandos puderam apresentar suas pesquisas, discorrendo sobre motivações, pontos de destaque, objetivos e trajetos que estão sendo adotados nas suas linhas de estudo, além de contar com debates mediados pelo professor, Leandro de Paula, no Grupo de Trabalho (GT) Identidade, Diáspora e Raça, e José Roberto Severino, no GT Políticas Culturais, Patrimônio, Meio Ambiente e Festas Populares.

Imagem: Jefferson Hora

O GT Políticas Culturais, Patrimônio, Meio Ambiente e Festas Populares foi dividido em dois blocos de apresentações, com algumas observações do mediador e discussões ao final de cada. O primeiro contou a doutoranda Mércia Maria De Queiroz, que falou sobre a festa de Yemanjá, com um olhar a respeito das pessoas que estão diretamente envolvidas com o festejo, onde é possível identificar trocas simbólicas, inclusão social, e outros fatores da economia criativa, construindo, a partir disso, artigos para serem publicados. Um dos artigos iniciais é sobre os atores da festa de Yemanjá, onde resolveu realizar um recorte sobre os pescadores que são guardiões da festa.

A doutoranda Carla Maria Nogueira trouxe a discussão a respeito do Terreiro Bate Folha, com o seu projeto que nasceu da pesquisa e desenvolvimento voltado para discutir a figura de dona Olga, atual gestora do terreiro, sua representatividade e experiência em um terreiro que vinha de uma tradição com gestões masculinas, rompida por ela, através de um processo de condução, que leva em consideração a discussão de políticas culturais e demandas de assistência do local.

A doutoranda Carla Nogueira traz em sua linha de pesquisa a representatividade feminina no Terreiro Bate Folha / Imagem: Jefferson Hora

O palestrante Fabrício de Brito tratou sobre teatro de rua, arte, poesia, suas vivências, trazendo a problemática de como os cortejos o fizeram pensar sobre arte política para além das manifestações da cultura, apresentando uma certa etnicidade e pautas do teatro de rua que envolve uma reivindicação patrimonial para o teatro de rua e a análise da festa do 2 de Julho como fator de manutenção da memória. O primeiro bloco foi encerrado com a mestranda Sara Mariano, que está no ínicio da sua pesquisa e visa descobrir a potencialidade turística de cachoeira e as políticas públicas voltadas para o local.

Após discussões a respeito do primeiro bloco, o doutorando Bruno Novaes conduziu sua participação falando sobre dilemas da diplomacia cultural, com a continuação de outros estudos que nasceu na iniciação científica, envolvendo os dilemas e desafios da diplomacia cultural dos governos Dilma Rousseff e Michel Temer. A doutoranda Gleise Oliveira expôs sobre políticas públicas de cultura no Brasil contemporâneo com impactos do golpe, epistemologia que busca material teórico para defender na sua tese. Abordando política cultural também, a mestranda Juliana Almeida trouxe seu recorte com a cidadania nas políticas culturais, uma análise de formulação do Edital Calendário das Artes realizado entre os anos 2012 e 2014. Trazendo ainda mais interdisciplinaridade, Sofia Mettenheim, falou sobre política de fomento nos municípios, entendendo como eles trabalham a ideia de democratização e fazendo análises em editais para entender os mecanismos desse panorama.

As apresentações dos Grupos de Trabalho foram mediadas pelo historiador e coordenador do Pós-Cultura, Roberto Severino / Imagem: Jefferson Hora

As mesas foram encerradas com a mostra musical do grupo CaetanUFBA que se apresentou para os presentes e as apresentações dos grupos de trabalho seguem no dia 07/06 (sexta-feira) no PAF III.

*Estudante do curso de jornalismo da Faculdade de Comunicação e repórter da Agência de Notícias em CT&I – Ciência e Cultura UFBA.

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