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Atualizado em 13 DE junho DE 2011 ás 20:48

Ciclo de palestras discute sustentabilidade na construção civil

Especialistas debatem empreendimentos esportivos sustentáveis, construídos na Bahia para Copa e Olimpíadas

Por Renê Santos*
renesalomao@hotmail.com

O auditório Leopoldo Amaral, da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (Epufba), esteve lotado com a participação de estudantes, engenheiros e arquitetos, atentos às questões colocadas acerca da sustentabilidade na construção civil. Os departamentos de Construção e Estruturas e de Engenharia Ambiental da Epufba realizaram um ciclo de palestras durante a Semana do Meio Ambiente, na quarta-feira (8).

A mesa de abertura do evento foi composta pelo diretor da Epufba, Luis Edmundo, e os professores, Jardel Gonçalves e Luciano Sérgio; o gerente de operação da GBC Brasil, Marcos Casado e a representante da OAS, Viviane Rios.

Da direita para esquerda: Marcos Casado, Jardel Gonçalves, Viviane Rios, Luis Edmundo e Luciano Sérgio

Em uma espécie de palestra aula, o professor Luis Edmundo destacou as técnicas e aspectos construtivos em obras de barragens. Ele enfatizou para necessidade de estudos preliminares de impactos ambientais em construções deste tipo.

Segundo Luis Edmundo, o Brasil possui mais de 1000 barragens de 15 metros. Deste total, 61% são para produção de energia elétrica, 32% para irrigação e 7% para finalidades diversas. A engenharia de barragens exige algumas premissas básicas como dados hidrológicos, finalidade de reservatório, critérios de operação, condições ambientais e locais. Nesta última, estão problemas políticos e sociais que, para ele, não tem a responsabilidade direta dos engenheiros.

O ex-presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young, que abordaria o tema “Cidades Sustentáveis e os novos desafios da construção civil”, não conseguiu embarcar para o Brasil. Companhias áreas têm cancelado voos em São Paulo, Buenos Aires e Santiago, desde o inicio desta semana, por causa da erupção do vulcão chileno Puyehue. O engenheiro Marcos Casado foi convidado pela organização do evento para substituir Young.

Estudantes, engenheiros e arquitetos atentos ao tema sustentabilidade na construção civil

Em sua palestra, Casado salientou que o mercado deve oferecer produtos que agridam menos o meio ambiente. Como exemplo, citou o cimento CP III, que produz menos de 60% de CO2 em comparação ao cimento comum. De acordo com Casado, em 2009, o Brasil produziu 54,8 milhões de toneladas de cimento. “Com o aquecimento da construção civil, é necessária apenas a mudança de cultura das construtoras, já os custos são bem menores”.

Casado falou também de construção sustentável: prédios e condomínios verdes já são uma realidade em todo mundo. No Brasil, 41% das obras já estão se adaptando à nova tendência mundial. Há uma preocupação por parte do governo brasileiro em relação aos futuros empreendimentos esportivos. Em 2014 e 2016, o país vai sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas respectivamente. Oito estádios da Copa receberam incentivos fiscais para construções verdes.

*Estudande de Jornalismo da Faculdade de Comunicação da Ufba – Facom

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