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Atualizado em 22 DE outubro DE 2011 ás 22:45

Cinema Comentado exibe animação para estudantes na Sala de Arte da Ufba

Alunos de três escolas públicas compareceram ao evento e discutiram a extinção das espécies e as mudanças climáticas

Por Dayanne Pereira
dayannepsm@ufba.br

No filme de animação “A Era do Gelo II” são abordados de maneira lúdica o aquecimento global e a extinção de espécies. Vários animais que aparecem no filme já existiram e hoje estão extintos, outros ainda existem em pequena quantidade, por isso foi o filme escolhido para ser discutido com alunos de escola pública, na manhã da última sexta-feira, no Cinema Comentado, exibido na Sala de Arte da Ufba, no Canela.

Alunos aguardam no foyer antes da sessão do filme "A Era do Gelo II".

O projeto Cinema Comentado foi idealizado pela bióloga recém-formada na Ufba, Elisa Gallo e a professora de paleontologia, Simone Moraes. Elisa lembrou que o projeto “é uma proposta de reflexão sobre as mudanças que acontecem hoje, para a percepção de que as mudanças não são somente naturais, são também da interferência humana, que gera mudanças no clima e na biodiversidade”.

Elisa Gallo fala com os alunos antes da sessão.

Durante explanação inicial para os alunos a bióloga Elisa Gallo fez o convite para reflexão. “A ideia é assistir com olhar diferenciado. Prestar atenção nos bichos, nos ambientes e no discurso de mudança climática”. E os alunos seguiram a indicação, sempre atenciosos riram e se emocionaram com o filme e no final sanaram suas dúvidas.

Para a idealizadora do projeto, Elisa Gallo, a discussão em torno do filme “A Era do Gelo II”, “foi bacana pelo número de estudantes que participaram. É bom desconstruir a ideia de que os animais não existiram e informar que a época existiu”.

Os alunos da 5º série do Colégio Estadual Alfredo Magalhães gostaram da iniciativa. Wendel Luís (12), disse que obteve novos conhecimentos com o filme, “aprendi sobre as espécies dos animais extintos e sobre o clima”. Joelson Soares (13), disse que teve a chance de “observar as causas das mudanças climáticas”.

A doutora em Ecologia pela Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora na Pró-reitoria de extensão (Proext-Ufba), Blandina Viana, disse que o projeto é “uma forma de divulgação do conhecimento científico, porque junta entretenimento com conhecimento. É um estímulo através da imagem e do lúdico para estabelecer relações e divulgar o conhecimento”.

Blandina revela que tem intenção de continuar com o projeto que futuramente vai se chamar “Ciência no Cinema” e deve incluir, “filmes com abordagem contemporânea discutidos na mídia, bate papo com cientistas para aproximar a academia da sociedade. O cinema traz leveza e flui melhor. Com o cinema agente se transporta para a tela”, enfatiza.

Professora Rejane Lira comenta o filme com os alunos.

A professora do Instituto de Biologia da Ufba e coordenadora do Programa Institucional de bolsa em Iniciação a Docência (Pibid) de biologia,  Rejane Lira, antecipa que o projeto deve ser expandido, “pensamos na ampliação do projeto através do contato com outras escolas”.

Cinema Comentado nas escolas públicas

Realizado em três escolas públicas baianas, o Colégio Estadual Thales de Azevedo, o Colégio Estadual Manoel Devoto e o Colégio Estadual Alfredo Magalhães, a iniciativa conta com a participação de 20 estudantes de biologia que desenvolvem atividades lúdicas com os alunos para promover troca de conhecimentos de maneira leve e interessante.

Elisa Gallo explica como aconteceu o projeto em uma das escolas. “No Colégio Thales de Azevedo o projeto foi desenvolvido por dois semestres em turmas diferentes. Foram realizadas discussões dos filmes e depois expressão livre em desenho com relação ao filme”.

O formando em biologia e bolsista Pibid, Gilcimar Queiroz, acompanha o projeto no Colégio Manoel Devoto, a iniciativa estimula a ciência de forma lúdica, “nosso trabalho é trazer novidade e tirar o aluno do contexto da sala no estilo clássico e trazê-lo para um contexto mais real. Agente estimula com vídeos, aulas práticas e exposição para que eles observem melhor o estudo da ciência”.

Para a professora Rejane Lira, “a proposta é que o aluno de biologia conheça o ambiente escolar. Fazer com que os estudantes de licenciatura aprendam com atividades criativas”, conclui.

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