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Atualizado em 1 DE julho DE 2025 ás 13:24

Cinefanom realiza lançamento de curta-metragem sobre o Movimento Negro Unificado

Manifestações culturais e mesa de debate sobre a arte como resistência no MNU compõem o evento realizado na UFBA


Melissa Carlos

Nesta sexta-feira (27), foi lançado o documentário curta-metragem “MNU: A Resistência queNão Se Silencia”, de Ugo Soares, fundador do Cinefanom, associação que além de realizarproduções audiovisuais também promove oficinas de arte com enfoque na visibilização deminorias. Para compor o evento, aconteceram intervenções artísticas e mesa de debatesobre a arte como forma de resistência.
Resistência Através da Arte, lançamento de curta | Foto por: Heloísa Helena

O Movimento Negro Unificado, organização social de resistência que funciona desde 1978, atua na luta por políticas públicas de reparação histórica e justiça social para com a população negra. A pluralidade do movimento foi contemplada no filme recém-lançado, por meio da abordagem de questões religiosas, femininas, culturais e LGBTQIA+ dentro da comunidade negra. “Eu acho que o filme tem pontos positivos e um deles é ser honesto. Ser honesto com o movimento. Nada foi censurado, nada foi previamente conversado”, revelou em entrevista Ugo Soares, produtor do filme e fundador do Cinefanom.

A mesa de debate foi composta por Bujão, atual coordenador de formação do MNU em Salvador; Naira da Hora, atriz do Bando de Teatro Olodum; Sued Hosaná, membro do coletivo Afrobapho; Marilza Oliveira, homenageada pelo espetáculo ‘Oyaci – a filha de Oyá’; e Ugo Soares. O tema pré-estabelecido para o diálogo foi “Arte e Resistência: a expressão cultural como luta, memória e alegria”, mas os convidados não se restringiram a isso. No auditório da Faculdade de Comunicação (FACOM), houve debates a respeito das segmentações dentro do movimento, das dificuldades e também da importância do empoderamento negro e da representatividade. “Esse documentário é importante e precisa circular para apresentar a história, para chegar na favela, na periferia de verdade e aquelas pessoas saberem sobre o Movimento Negro Unificado.”, disse Naira da Hora ao decorrer da mesa.

Vitor Lee, Beto Severino, Ugo Soares, Naira da Hora e Bujão. | Foto por: João Pedro Moreira

Após debate, foram realizados coffee break e apresentação de rap dos artistas Astro JN, Marcos Trapp, KassioRDO, Oxóssi De La rua e Stand de Cabuloso. Aluno de produção cultural que esteve presente no evento, Guilherme Santana, relatou: “As palestras foram muito enriquecedoras também e vivenciamos a resistência através da arte. Houve monólogos, poesias, raps, tudo contado pela vivência de pessoas negras. Isso foi muito importante.” Sobre o momento de exibição do filme, “O jeito que o curta foi produzido foi de extrema importância porque a gente sabe como nossos ancestrais são apagados. Então foi uma forma de deixar a memória viva.” Falou também sobre o momento de interação pós exibição do filme: “As palestras foram muito enriquecedoras também e vivenciamos a resistência através da arte. Houve monólogos, poesias, raps, tudo contado pela vivência de pessoas negras. Isso foi muito importante.”

A organização do evento ocorreu por meio de parceria entre a associação Cinefanom, a Agência Experimental de Comunicação e Cultura (AECC) e o Centro Acadêmico Vladimir Herzog da FACOM. A AGN esteve presente para apoiar o evento ao lado do portal de jornalismo independente Lendo Entrelinhas.

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