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Atualizado em 16 DE setembro DE 2025 ás 09:01

Torcida LGBTricolor comemora 6 anos de fundação com festival que recebe artistas e governo

O evento reuniu representantes de entidades da escala federal, estadual e municipal para discutir o combate à LGBTfobia nos esportes e outras esferas da sociedade.

Por: Eric Tavares e Nauan Sacramento

Antônio Ramos, Tainá Sena e Onã Rudá, fundadores da LGBTricolor | Foto por: Eric Tavares

No último sábado (13) a LGBTricolor, torcida organizada do Esporte Clube Bahia, realizou o Festival LGBTricolor, no Largo Quincas Berro D’água, em festividade ao aniversário de seis anos da fundação da organização. Na celebração, ocorreram rodas de conversas com convidados, feira para empreendedores LGBTs e outras apresentações culturais, como a apresentação da artista e ex-vereadora Léo Kret.

Para Antônio Ramos, membro fundador da LGBTricolor, o festival é importante para dar voz à comunidade no meio esportivo. “A nossa expectativa é envolver cada vez mais a comunidade LGBT que também gosta de futebol e que por muitas vezes não se via nesse espaço, trazer para um ambiente nosso e fazer esse intermédio [...]”, afirma “Hoje em dia a gente tem mais de 23 torcidas LGBTs pelo Brasil. E a nossa intenção é, de fato garantir, que todo e qualquer pessoa LGBTQIAPN+, independente de qual clube ela torça, possa frequentar as arquibancadas e viver o amor dela pelo clube”, complementa.

Foto por: Eric Tavares

Pela manhã, foi realizada uma roda de conversa. Nela, estiveram presentes convidados de diversas esferas do Estado, como Augusto Vasconcelos, secretário do trabalho, emprego, renda e esportes do Governo do Estado da Bahia; Daniel Piza, representante do Ministério dos Esportes do Governo Federal; Larissa Lima, representante da Secretaria de Educação do Estado da Bahia; Antônio Ramos, membro fundador da LGBTricolor; e entre outros. Todos apresentados pela artista drag Razzga Mortalha. À tarde, outra roda de conversa com a presença de Tainá Sena, diretora da LGBTricolor; Iara Pereira, diretora do time feminino de várzea Remo; Laila Crisóstomo, ex-vereadora de Salvador; e entre outros convidados.

“É uma tradição, no geral, em grandes paradas do mundo terem uma festa, uma feira antes da parada, né? E aqui Salvador tá cumprindo isso, o que é muito bacana, porque é uma outra forma de expressar o orgulho, além da parada”, conta Welton Trindade, ativista LGBTQIAPN+ há 25 anos e gerente da Loja do GGB. “A gente pode [vender aqui] com toda tranquilidade, pois na parada é muito corrido, não tem espaço específico da prefeitura e a feira possibilita que produtores LGBTs, criadores e entidades possam vender seus produtos e recadastrar e mostrar no que a gente trabalha o ano todo”, complementa.

Ao ser questionada sobre a produção do evento, Tainá Sena, diretora de comunicação e co-fundadora da torcida, falou um pouco. “Tem três anos que fazemos o baile, mas agora transformamos num festival para dar mais espaço para o empreendedor LGBT, para trazer todo o tipo de dinâmica durante o dia e contando com as bandas na parte da noite [...]. E sobre o futuro do projeto Sena afirma: “A intenção é todo ano a Canarinhos Tricolor fazer de 3 a 4 eventos.” O evento que durou o dia todo foi finalizado na madrugada do domingo após show da cantora A Dama com participação especial do grupo Bonde das Maravilhas e muito mais.

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