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Atualizado em 10 DE agosto DE 2011 ás 23:04

Rede Nit Nordeste fortalece inovação tecnológica na região

Um dos objetivos previstos na formação da rede nordestina, que já conta com 36 instituições, é induzir a criação de leis estaduais de incentivo à inovação

Inês Costal
costal.carol@gmail.com

Uma vez por ano, o Núcleo de Inovação Tecnológica da Universidade Federal da Bahia (NIT/Ufba) premia inventores nacionais e internacionais, instituições co-titulares dos produtos e unidades universitárias. O Prêmio Inventor Ufba já foi entregue em duas edições e premia professores, alunos e funcionários, além de inventores independentes que não têm vínculo com a Ufba, mas foram atendidos gratuitamente pelo NIT.

Das 16 patentes premiadas em 2010, 63% se encontram em desenvolvimento tecnológico com empresas dos setores de produção e transporte de petróleo e gás, de alimentos, de qualidade de biocombustiveis, e purificação de glicerina. Um dos produtos, uma cruzeta de eucalipto reflorestado, desenvolvida por pesquisadores do Departamento de Construções e Estruturas da Escola Politécnica da Ufba, em conjunto com a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), já foi transferido para a sociedade. O produto substitui as cruzetas de madeira, componentes dos postes de eletrificação, com a mesma qualidade técnica e menor impacto ambiental.

Rede nordestina - Apesar do NIT ser instituído formalmente em 2009, a partir de um edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), o ponto de partida para a criação de um sistema de inovação na universidade começou muito antes. Desde 2004, a Ufba, por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa, Criação e Inovação (Propci), anteriormente denominada Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, iniciou a formação da rede NIT Nordeste.

A divisão do órgão em duas novas pró-reitorias, uma de pesquisa e inovação e a outra de pós-graduação, foi uma resposta às demandas dessa nova política. “Essa nova pró-reitoria é um exemplo do sistema se organizando e se adequando às necessidades”, destaca a coordenadora do NIT, Cristina Quintella.

Cristina Quintella, coordenadora do NIT/Ufba

A rede NIT NE abrange 36 instituições de todo o Nordeste e é gerida de forma colegiada. As instituições que formam a rede se ajudam na elaboração de estratégias e execução de suas atividades. “Se eu tenho uma patente mecânica e quem sabe escrever melhor uma patente mecânica é a federal da Paraíba, então eu mando para eles”, explica a coordenadora.

NIT Nordeste: 36 instituições compõem a rede

Um dos objetivos previstos na formação da rede nordestina é a indução à criação de leis estaduais de incentivo à inovação. O NIT/Ufba elaborou a minuta do projeto de Lei de Inovação da Bahia como sugestão para a Fapesb, que a utilizou como ponto de partida para a lei baiana aprovada em 2008. Leis semelhantes já foram aprovadas em Alagoas, Amazonas, Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Foco na capacitação – Disciplinas em que os alunos precisam elaborar patentes e pareceres. A oferta, pioneira na Ufba, é para alunos de graduação e de pós-graduação das áreas de Ciências Exatas, Biológicas, da Saúde e Engenharias. O programa das disciplinas é voltado ao treinamento para a escrita de patentes e realização de prospecção tecnológica.

A rede NIT Nordeste também oferece oficinas com turmas de 25 a 50 pessoas em toda a região. Os textos e apresentações utilizados nos cursos estão disponíveis no site da rede, assim como uma cartilha sobre propriedade intelectual.

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2 comentários para Rede Nit Nordeste fortalece inovação tecnológica na região

  1. Senhores,

    Sou examinadora de patentes do INPI e doutora em Engenharia Metalúrgica, na área de materiais, pela UFMG.

    Sendo examinadora de patentes, escrevi dois livros. O primeiro, Patentes desvendando seus mistérios, editado e distribuído pela Qualitymark. O segundo, Patentes como redigir depositar e conseguir – Segredos Revelados, editado pela Fundac e distribuído pela Livraria do Psicólogo e do Educador (www.livrariadopsicologo.com.br). Nesses dois livros uso uma linguagem simples, didática para atingir o leigo no assunto e, principalmente o pesquisador que considera patente um assunto “difícil, complicado e burocrático”. Nesse segundo livro, usando meu próprio pedido de patente, fruto do meu doutorado, ensino como redigir um pedido de patente. Os dois livros são guias simples e práticos no assunto de patente.

    Convido-os a conhecerem meu blog: soniafedermapatentes.blogspot.com onde, mais uma vez, falo de patentes em uma linguagem simples e didática.

    Obrigada pela atenção,
    Sonia Regina Federman

  2. Senhores,
    Obrigada por publicarem meu e-mail. Só quero fazer uma correção pois, por um lápso escrevi meu blog errado. O correto é : soniafedermanpatentes.blogspot.com.
    Obrigada (rs).
    Sonia Federman

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